Flu se impõe contra o Atlético-MG, assim como foi na derrota contra o Flamengo, e mostra repertório ofensivo e coletivo forte com o técnico Fernando Diniz em goleada no Maracanã
Os pouco mais de 16 mil torcedores que foram ao Maracanã empurrar o Fluminense pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro viveram uma noite mágica na última quarta-feira. O futebol é muito dinâmico, com uma maratona de jogos seguidos impedindo que um acontecimento chegue a ser, de fato, digerido.
Mas a goleada por 5 a 3 aplicada no Atlético-MG, atual campeão brasileiro, atual campeão da Copa do Brasil e atual campeão da Supercopa do Brasil, certamente, ficará um bom tempo na memória tricolor.
Não digo isto somente pelo fato de que o Galo não sofria cinco gols em um mesmo jogo há mais de 11 anos. Ou por ter chances de assumir a liderança da competição. Mas pela imposição apresentada pelo “dinizismo” do Flu – mais uma vez – contra um dos favoritos a grandes conquistas em 2022.
Afinal, há menos de duas semanas, por mais que não tenha conseguido a vitória, o Fluminense fez o mesmo contra o Flamengo, outro cotado a grandes feitos principalmente pelo grande investimento.
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Cano comemora gol do Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense
Na coletiva de imprensa após o jogo, o técnico Fernando Diniz respondeu que não viu o Fluminense jogando perto do ideal contra o Galo por não acreditar em futebol “idealista”. Assim como falou em “pés no chão” ao revelar como foi tratada a grande vitória no vestiário.
Mas é difícil não ver a torcida se animar com a maneira com que o time atuou contra duas das principais forças nacionais da atualidade – principalmente contra o “time a ser batido”, que é o Atlético-MG.
Com tanto futebol mundo afora jogado somente pelo resultado, quando ele caminha perto do espetáculo, não pode passar despercebido.
É mais do claro que o que define os jogos são as vitórias. Mas quando elas acontecem com coragem e com o coletivo funcionando, até mesmo as falhas que geraram os três gols do Atlético-MG acabam sendo colocadas em um segundo plano momentâneo.
Falar em títulos além do Carioca com tanto caminho a ser percorrido é muito complicado pelo grande equilíbrio proporcionado pelo futebol brasileiro. Curtir o momento seria mais adequado.
Mas ver um time com elenco limitado jogando pelo ataque, com toque de bola e força de vontade, sem dúvidas, se aproxima daquilo que o torcedor e qualquer um que goste de futebol quer ver.
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Mérito do Diniz, que faz um grande início de trabalho. Mérito dos jogadores, que parecem ter comprado a ideia do treinador. Privilégio para os torcedores que foram ao estádio, fizeram uma grande festa, mesmo com a equipe vindo de duas derrotas consecutivas, e ficaram “loucos da cabeça”, como na música cantada a plenos pulmões no Maracanã. Arrependimento, talvez, daqueles que não foram e perderam o melhor jogo do Campeonato Brasileiro até aqui.
Fonte: ge.